“Faça
o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um
sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber
sua simplicidade.” — Mario Quintana.
— Será que alguém aqui realmente tem
ideia de o quão longe fica este lugar e que também nós estamos na semana de
aula. Nem vou lembra-los das provas que já estão chegando. – Se Louise abrisse a boca mais uma vez para fazer qualquer
reclamação, eu com certeza a daria um soco na cara dela.
— É o nosso ultimo ano escolar, temos
que fazer alguma loucura para marcar e fechar com chave de ouro. – Suplica
Calum mais uma vez na esperança de que alguém concordasse com ele.
— Estou dentro Calum. – falo e sinto
os olhares de todos em cima de mim.
— É isso aí Floren! – Calum diz e vai para perto de mim e apoia as
suas mãos em meu ombro, e neste momento sinto os olhar de Luke em cima de nós
dois.
— Vamos gente? – Com certeza Calum
não iria para de falar até que todos aceitassem. E para a surpresa de todos, a
próxima a aceitar foi a Olívia, o que gerou uma alegria sem igual do Hood. – Se a
Brecht aceitou todos devem aceitar também. - E neste instante os meus olhos se
encontram com um belo par de olhos azuis, aqueles olhos tinham o poder de me
hipnotizar, e isso era definitivamente uma coisa que me atormentava.
— Eu vou. – Luke diz olhando
diretamente para mim, eu sentia que o seu olhar perfurava a minha alma.
— Eu não perderia essa. – completa
Michael, sendo o quarto a aceitar a louca proposta de Calum.
— Ashton? Vamos? – o chamo, ele não
poderia perder essa, era inadmissível eu perder o meu parceiro de loucura, já
preste a fazer uma das maiores loucuras da minha vida. Por um momento a cabeça
de Ashton se enche de dúvidas, a sua frente estava a sua melhor amiga de anos e
seus novos amigos, e do seu lado esquerdo estava à pessoa que ele achava amar,
ele a olha por alguns instantes e se decide.
— É claro, contem comigo. – neste
momento tudo o que ele sente são os olhares o queimando de Louise, ele não ia
parar a sua vida por causa de uma desilusão amorosa.
— Haley? – neste instante tudo o que Calum mais queria era que
ela aceitasse e que eles não estivessem naquela situação, ele queria que seu
pai nunca tivesse se casado, desejava que tivesse conhecido Haley em outras
épocas, tudo seria tão mais fácil assim.
— Sim. – o olhar suplicante de Calum
a mexia por dentro, quanto mais ela achava que deveria se afastar, mais ele a
atraia de volta.
— Agora só falta você Butler, todos
já aceitaram. – diz Calum. Tudo o que Florence mais ansiava era que ela nunca
mais visse a cara da Louise Butler, ela havia desperdiçado uma chance sem igual.
— Devo só lembrar a vocês que Broome fica
do outro lado do país. – disse Louise em mais uma tentativa falha de fazê-los
mudar de ideia.
— Se aceitamos é por que sabemos onde
fica, Butler – disse Charlie com uma acidez na voz perceptível a qualquer um
que escutasse, ela não queria esconder que estava realmente brava com Louise.
— Deve ficar a mais de a mais de
6.000 km de distância. – ela realmente não se cansava.
— Na verdade fica a 5.365 km. –
responde Luke lendo a informação em seu celular.
— Louise, você vai ou não? Decida-se.
– diz Michael, ele também não concordava com as escolhas dela, quando se está
realmente apaixonado por alguém o seu dever é ficar exclusivamente com ele, e
não iludindo a outra pessoa, era o que Mike pensava. Neste instante tudo o que Louise
sentia era o peso de suas ações, ela sabia que todos ali estavam a julgando por
um erro dela, e um erro que ela iria se arrepender pelo resto da sua vida. Ela
olha para o lado e vê os olhos frios de Ashton a encarando, diferente do que
fazia há um mês, e a culpa era completamente sua.
— Tudo bem, eu vou. – ela os
responde. Louise Butler estava pronta a mostrar para todos que estava
arrependida, e principalmente a um certo ser de cabelos cor de mel que
preenchia os seus sonhos toda noite, ela o faria ver que ela ainda o amava.
— Uhuuuul! Vamos para Broome!
Isso me deixa bem excitado. – Calum dá um grito e todos os presentes caem na
gargalhada.
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Duas semanas depois...
— Você deveria estar mais relaxado
Calum. – diz Olivia chegando ao lado de Cal, depois de mais uma crise do mesmo.
— Na minha cabeça seria você que
estaria pirando Olivia, por que... – Luke ia dizendo até que foi interrompido
pela visão do paraíso, em sua opinião, por que ela tinha que ser tão linda e
tão intocável, só de pensar em seus lábios se tocando, ele já se sentia
queimando por dentro.
— Terra chamando Luke, terra
chamando... – seus pensamentos impuros sobre a sua nova amiga são deixados de
lado quando a sua cabeça é sacudida por Calum.
— Hood vai se foder. – diz isso e sai
de perto dos dois.
— Alguma coisa o mordeu só pode. –
comenta Liv para Calum.
— E essa coisa tem nome e sobrenome.
– responde Calum.
— E qual seria o nome desta “coisa”?
— Florence Wayne. – dizendo isso sai em
direção aos carros e aos outros, deixando uma Olivia pensativa a respeito do
casal de seus novos amigos. Ela estava feliz por ter os encontrados, por ter
encontrados todos eles, e ela queria fazer alguma coisa para que os dois se
acertassem, mas como faria isto se nem tivera coragem suficiente para enfrentar
os seus sentimentos, essas e outras coisas rondavam em sua mente.
Todos estavam em frente à casa de
Calum e Haley, agora o que os atormentava era a uma simples coisa, e talvez até
um pouco superficial, que era a divisão de pessoas que iriam em cada carro. No
total eram oito pessoas, com dois carros, mas teria que ser levado em
consideração que certas pessoas ali estavam se detestando no momento. No final,
depois de tantas brigas e palavras de baixo calão, foi decidido que seria feito
um sorteio para decidirem os quartetos que iriam ficar juntos por 57horas
dentro de um carro, e estava decido que em hipótese alguma Louise e Florence
iriam ficar no mesmo carro, onde estavam as duas, estava uma bela discussão.
Depois de mais meia hora, ficou decido que seriam Michael, Olivia, Florence e
Luke, na Nissan Navara de Luke. E no outro carro seriam Calum, Haley, Ashton e
Louise, no Toyota Camry de Calum, e o fato de Louise e Ashton estarem no mesmo
carro gerou ainda mais discussões. Depois de mais algum tempo tentando colocar
toda a bagagem excessiva que haviam levado nos carros, finalmente todos estavam
dentro de seus devidos carros prontos a irem nesta grandiosa aventura que os
aguardava. Para irem em direção a Broome, primeiro eles teriam que pegar a
estrada A25 em direção a Murrumbateman, de Canberra até Broome era uma longa e
intensa jornada.
— Estou com fome. – já era a terceira
vez que Calum reclamava de fome dentro no tempo de meia hora.
— Aceita uma balinha? – Lou o
pergunta atrás de si, já que ele estava dirigindo e ela estava sentada atrás
dele, do lado de Calum no banco de carona se encontrava Ashton lendo um dos
seus inúmeros livros, atrás dele estava Haley alheia a toda conversa com os
seus fones de ouvido no máximo.
— Já comi muitas, quero uma coisa que
me sustente. – reclama mais uma vez Calum. –Haleyyyyyyy! – grita em vão o nome
da pequena Willcox, mas ela só é despertada com o balanço que seu corpo vez
quando Louise a empurra.
— Oi. – Haley responde meio perdida.
— Calum está te chamando Haley. –
disse Ashton largando seu livro.
— Finalmente menina. – reclama Calum.
— Fale o que quer logo Calum. – Haley
o apressa.
— Comida, comida.
— Já comeu alguns dos biscoitos?
— Já, mas aquilo não sustenta.
— Aceita torradas com Vegemite?
— Por que não disse que tinha antes?
— Simples, por que você não havia
perguntado. – Haley o responde sorrindo. Um dia ele ainda se apaixonaria por
aquele sorriso, se já não tivesse se apaixonado. Ela era uma garota incrível,
mas havia um enorme problema, ela era filha da nova esposa do seu pai, o seu
pai estava tão feliz que só de ele pensar na possibilidade de David ficar
desapontado com o filho por engatar em um relacionamento com a sua meia-irmã o
assustava.
— Quando eu reclamei que estava com
fome, todos só me julgaram, agora estão todos vocês estão comendo. – disse
Calum balançado à cabeça em negação enquanto observava todos comendo o
delicioso lanche que a sua “meia-irmã” havia preparado, só de pensar na palavra
irmã ela já ficava triste. “Por que não nos conhecemos antes?” ele
pensava.
— Largue de ser tão ranzinza
Hood, apenas relaxe.
— Não acredito que Ashton Irwin está
me dizendo isto, apenas volte ao seu livro Irwin.
— Quem inventou de sair ás 07h00minAM
mesmo? – pergunta Luke tentando lutar contra o sono que se alastrava pelo seu
corpo.
— Se está reclamando, saia do volante
e me deixe dirigir, ainda há muita coisa no mundo que eu quero experimentar, e
para que isso se concretize não devo morrer jovem. – responde Florence atrás de
si. “Por que ela sempre tinha que ter uma resposta na ponta da língua?” pensava
Hemmings.
— Está tudo bem para dirigir Luke? –
Olivia o pergunta com a sua constante preocupação.
— Está tranquilo Liv. – a garante
confiante de que tudo daria certo.
O percurso todo desde
que entrara no carro até aquele instante, Michael estava estranhamente quieto,
na sua mente a única coisa que se passava era o porquê ela havia fugido
dele. Ele havia feito algo de errado? Ele pensava que não, para ele não
havia motivos aparentes que explicaria o motivo de Olivia estar o evitando, e
dai que eles quase se beijaram? Ele queria que eles ainda continuassem amigos,
era o que ele desejava. Olhando para o retrovisor ele a via sorrir com alguma
música qualquer que tocava na rádio do carro, o seu sorriso tinha o poder de
encantá-lo, o doía admitir, mas era a pura verdade, Olivia o deixava todo bobo
com um simples sorriso. Michael estava terrivelmente apaixonado por ela, mas
ainda não havia descoberto tal fato, mas só era uma questão de tempo até
descobrir.
— Poderíamos jogar um jogo? – sugere
Olivia na esperança de que alguém aceitasse para tira-la do tédio.
— Que tipo de jogo Brecht? – Michael
a pergunta.
— Eu não sei... – o responde
pensativa.
— Eu sei um. – Florence fala.
— Lá vem bomba. – Luke a zoa sem
tirar os olhos da estrada.
— Engraçado Hemmings, mas vamos jogar
“Eu nunca”. – Floren fala.
— Se não percebeu, não podemos beber
aqui Senhorita Wayne. – Luke diz.
— Na verdade, você não pode beber aqui
Luke, mas não há nada que nos impeça de beber também.
— Sempre com uma resposta na ponta da
língua Wayne.
— Sempre meu caro Hemmings. – e neste
momento os seus olhares se encaram pelo retrovisor, até que são chamados de
volta por Michael.
— Como seria este jogo Florence, sei
que você sempre cria as próprias regras.
— Como ia dizendo antes de ser
interrompida. – e novamente os seus olhares se cruzam. – Vamos jogar “Eu nunca”
de uma maneira mais divertida e para a felicidade do nosso amigo Hemmings, sem
bebida.
— Mas como? – indaga Liv com certa
curiosidade.
— Simples cada um de nós deve falar
alguma coisa, igual ao convencional, mas se algum de nós nunca tiver feito
certas coisas que nos falarmos, em vez de tomar uma bebida, deveremos fazer
essa tal coisa que nunca fizemos. – explica Floren dando um sorriso estilo
Coringa no final.
— Você é um gênio do terror Florence.
– diz Michael – Eu adorei, vamos jogar.
— Pergunta, mas como iremos fazer as
coisas dentro de um carro?? – pergunta Luke.
— Aaah Luke, teremos o resto da
viajem para fazermos.
— E quem não fizer?
— Hmmm – Floren se divertia achando
frases que deixariam Luke sem respostas. – Quem não fizer, deverá pagar $500,00
a cada um que está presente neste carro, e fazer uma dança sensual na escola
para o nosso querido diretor. – a perversidade escorria por suas palavras.
— Eu aceito o desafio Wayne. – ele
nunca cansava de tentar surpreendê-la.
— E você Olivia? Vamos jogar? –
pergunta Floren.
— Eu não sei, parece um jogo bem
pesado para mim. – responde.
— Qual é Liv! – exclama Luke. –
aceite e pense como algo que você nunca fez, não vai ter graça sem você.
— Tenho medo de algo sair do
controle. – Olivia fala.
— Olivia não precisa fazer isto se
você não quiser. – diz Michael olhando para trás e a encarando. Era evidente
que ele não queria que ela participasse, mas por que ele havia de ser tão
protetor assim com ela, ela tinha total consciência dos seus atos e o que eles
poderiam acarretar depois, ela não era uma criança. E com este pensamento ela
fala:
— Tudo bem, vocês venceram, eu
aceito. – e nesta hora há vibrações de alegria vindo de sua amiga ao lado e do
motorista do veículo, mas nada havia vindo de Michael.
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